O que falar da minha terra?
O que falar do meu lugar?
Existem tantas histórias sobre ela, como vou me
diferenciar?
São tantos pontos de vista, é difícil até opinar!
Meu sertão é mandacaru, cacto, juazeiro,
Meu sertão é asa branca, gado,
É a bravura do vaqueiro,
É o olhar do sertanejo,
A melodia do sanfoneiro.
Meu sertão é marrom na seca,
Verde na chuva,
Feliz na colheita,
E na falta d’água, ah, somos perseverantes nessa luta!
Meu sertão é forró, é xote, é baião,
Meu sertão é de Gonzaga, de Lampião,
É de Padre Cícero, é da fé, da devoção.
É mais que o semiárido,
É frevo, é cangaço,
É cultura, folclore,
É terra que acolhe.
Não é só um lugar, uma região, ah não!
Esse sertão é mais que geografia,
Meu sertão é história e tradição,
É sentimento, é esperança, é nação!
É de Jorge Amado, Ariano Suassuna, Graciliano Ramos,
É raça, orgulho, coragem, é o que amamos!
É meu, é seu, é nosso e de todos os “Severinos”... Ele é
eterno!
É música, é mistura, é verso...
É minha origem, é parte de tudo que sou,
O que me levou a fazer rimas e que tantos escritores
inspirou,
É encanto, emoção, é paixão,
Inigualável é esse sertão!
É solo que guarda sorrisos, batalhas, vencedores,
Que abriga gente que só por pertencer a essa terra tem
sorte,
Pois como dizia Euclides da Cunha:
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