quinta-feira, 24 de julho de 2014

A grandiosidade de Suassuna



Em 2014, perdemos um homem que era vários: Chicó, João Grilo, Euricão engole cobra e muitos outros.  Um homem que não era mero escritor, não senhor, ele era, antes de tudo, um defensor da cultura popular e a cada frase escrita, carregava consigo o amor por esse nordeste que tanto encanta e dá o que falar. Suassuna era um paraibano arretado, que misturava críticas, religiosidade, intelectualidade, amor por sua terra, tradição, cultura e ainda conseguia pôr humor em tudo que escrevia e dizia.
Ele era um exemplo daqueles que não sabem para onde vão, mas sabem de onde vêm e têm orgulho disso. Poeta, teatrólogo, escritor e apreciador das coisas boas da vida, morreu aos 87 anos, tendo compartilhado muitas histórias, proporcionado muitos sorrisos e dado muitas lições de vida. Ele mesmo dizia que “a gente tem uma tendência para acreditar que não morre”, é Suassuna, temos tendência para acreditar que você não morreu, pois será imortalizado em livros, em histórias, em risadas, nos fãs e leitores, na seca, na fartura, no Nordeste e pelo Brasil a fora...

É, Ariano se foi, "cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre.”

O  nordeste perde um grande sertanejo, o Brasil perde um grande escritor, o mundo perde um grande homem, mas o céu ganha uma nova estrela. Vai em paz, Ariano!


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