Em
2014, perdemos um homem que era vários: Chicó, João Grilo, Euricão engole cobra
e muitos outros. Um homem que não era
mero escritor, não senhor, ele era, antes de tudo, um defensor da cultura popular
e a cada frase escrita, carregava consigo o amor por esse nordeste que tanto
encanta e dá o que falar. Suassuna era um paraibano arretado, que misturava
críticas, religiosidade, intelectualidade, amor por sua terra, tradição,
cultura e ainda conseguia pôr humor em tudo que escrevia e dizia.
Ele era um exemplo daqueles que não sabem para onde
vão, mas sabem de onde vêm e têm orgulho disso. Poeta, teatrólogo, escritor e apreciador das coisas
boas da vida, morreu aos 87 anos, tendo compartilhado muitas histórias,
proporcionado muitos sorrisos e dado muitas lições de vida. Ele mesmo dizia que
“a gente tem uma tendência para
acreditar que não morre”, é Suassuna, temos tendência para acreditar que você
não morreu, pois será imortalizado em livros, em histórias, em risadas, nos fãs
e leitores, na seca, na fartura, no Nordeste e pelo Brasil a fora...
É, Ariano se foi, "cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo
que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem
explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque
tudo o que é vivo morre.”
O nordeste perde
um grande sertanejo, o Brasil perde um grande escritor, o mundo perde um grande homem, mas o céu ganha uma nova
estrela. Vai em paz, Ariano!
Nenhum comentário:
Postar um comentário